Reforma da previdência: relatório do dep. Samuel Moreira vs o projeto do governo, uma recordação do discurso progressista nas eleições de 2018.

Grande parte do pensamento progressista brasileiro mostra-se contra a reforma previdenciária, do mesmo modo que se opôs ao projeto apresentado pelo ministério da economia, se opõe, também atualmente contra o parecer do relator. Busquemos, contudo, uma reflexão pragmática, suspendendo, ao menos por enquanto, nossos preconceitos a respeito da reforma, com o objetivo analítico de se entender o contexto do parlamento e do projeto.

Em primeiro lugar, voltarei ao discurso do pensamento progressista na campanha do ano passado (2018), quando dizia, usando do argumento de “menor perda”, que, em um eventual segundo turno entre o então candidato Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB), toda a esquerda apoiaria Geraldo Alckmin, visto que este representava, para o progressismo, uma perda menor que Jair Bolsonaro.

Usemos dessa mesma análise para analisar o projeto do Ministério da econômia vs o parecer do relator. No caso em tela, o projeto do governo representa o que foi Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, e o parecer representa Geraldo Alckmin. Então, é evidente, após um cálculo político simples, entender que alguma reforma passará no parlamento, vê-se que a política se movimenta para isso e dificilmente as greves e manifestações serão suficientes para mudar esse quadro.

Após todas essas considerações é possível concluir que, o pensamento progressista deveria negar totalmente o projeto do governo, aceitar o relatório e debater o mesmo. O relatório é a menor perda, não estou falando em apoia-lo totalmente, falo em escolher dentre duas possibilidades a menos danosa.

Link abaixo das principais mudanças no parecer do relator:

https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/06/13/reforma-da-previdencia-relator-mudancas.htm

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